sábado, 29 de novembro de 2008

Momento de Poesia


Quisera que meu cansaço não perturbasse o silêncio deste mundo
que não acordasse as rosas sonadas e me deixasse ouvir o
prelúdio que toca o orvalho tangendo pétalas dormidas...
quisera ser pura para ser rosa e estar desperta
quem sabe assim eu pudesse encontrar-te imóvel
à minha espera?
E se não viesses, que eu ficasse eternamente terra para
que me sentisse capaz de gerar-te um dia!
Ai! que meu sonho não grite tão alto e não deixe secar a terra
onde virias como minha invenção...
uma planta nunca tocada... nunca vista... de fortes raízes em mim!


Amigo que chega cansado de andar,
Eu estou cansada de não partir
Me dá um abraço?


POEMAS DE DÉBORA DUARTE

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Grande Entrevista

No dia 4 de Agosto de 2008, uma segunda-feira, pelas 21 horas, no Rio de Janeiro, aconteceu algo que quem viu e ouviu jamais irá esquecer: a grande entrevista a Débora Duarte, no âmbito do "Projeto: Cenas de um Ator", promovido pelo Instituto Montenegro e Raman de Teatro.

Quase uma hora e meia fascinante, em que Débora literalmente nos prende com a sua naturalidade, a sua espontaneidade, a sua franqueza desarmante e adorável, o seu carisma, a sua graça, a sua doçura, o seu brilho e tantas histórias da sua história!...
Débora não prende só, ela entra por nós adentro, ou somos nós que entramos por ela adentro, seduzidos, iluminados!

É essa a sensação que deixa esta entrevista, muito bem conduzida pelo ator Thiago Mendonça.

Débora fala de vários dos seus trabalhos, quer na TV, quer no Teatro, quer no Cinema, bem como do seu processo de criação enquantro atriz (uma riqueza de aula!) e de muito, muito mais...

Um dos pontos altíssimos da noite é quando Débora, dando, num repente, lugar à atriz, se levanta para dizer o poema que ela escreveu enquanto estava grávida da sua primeira filha, Daniela, "Fico te olhando" (já aqui publicado, no passado dia 15 de Outubro).
Uma onda de electricidade percorre a sala durante alguns segundos: Débora, com sua Arte dobrada (enquanto Poetisa e enquanto Atriz) transporta-nos, então, para um outro patamar e emociona-nos e encanta-nos como só um grande e genial Artista o pode fazer!

Imperdível!

A entrevista felizmente foi registada e pode ser visualizada no site do Instituto Montenegro e Raman, AQUI.


Eis, agora, alguns momentos do pós-entrevista:

Thiago Mendonça, Nilson Raman, Cristiana Oliveira, Marcos Montenegro e Débora

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Uma Parceria Maravilhosa

Mais uma grande parceria de Débora que se repetiu na sua carreira:
A parceria com Antônio Fagundes!


NA DÉCADA DE 80, Débora e Fagundes protagonizaram a novela "Corpo a Corpo", de Gilberto Braga, com direção de Denis Carvalho e Jayme Monjardim, produzida pela Rede Globo e exibida no horário das 20 horas, de 26 de Novembro de 1984 a 21 de Junho de 1985.


Casados, e ambos engenheiros, Eloá (Débora) e Osmar (Fagundes), apesar de apaixonados um pelo outro, desencontram-se por causa da ambição profissional de Eloá e sua efetiva ascensão, para a qual, aliás, ela não mede meios.
Neste sentido, Eloá chega mesmo a fazer o célebre pacto com o suposto Diabo interpretado por Flávio Galvão - pacto esse que rendeu à trama alguns dos momentos antológicos da história da teledramaturgia brasileira.

A crise no casamento de Eloá e Osmar agrava-se quando Tereza, personagem de Glória Menezes, reaparece nas suas vidas para se vingar do homem que amara no passado e que a trocara por outra, Eloá.

No final, porém, Eloá e Osmar, rendem-se ao seu grande amor, superando todas as dificuldades e divergências que os desuniram ao longo da história, reconciliando-se numa cena linda e emocionante, magistralmente vivida por Débora e Fagundes!




QUINZE ANOS DEPOIS!...
Débora e Fagundes voltam a estrelar uma novela das 20 horas da Rede Globo, "Terra Nostra", de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Jayme Monjardim e Carlos Magalhães, exibida entre 20 de Setembro de 1999 e 3 de Junho de 2000.


Maria do Socorro
(Débora) e Gumercindo (Fagundes) são casados, pais de Angélica (Paloma Duarte) e Rosana (Carolina Kasting), e vivem na Fazenda Esperança, no Estado de São Paulo. No início da trama, Maria do Socorro vive atormentada pela traição do marido com a ex-escrava Naná (Adriana Lessa).
Movido pelo desejo de ter um "filho homem", e uma vez que a sua esposa só lhe dera filhas, Gumercindo aliciara Naná, ainda no tempo da escravatura. Na noite da libertação dos escravos, ao som dos batuques e da euforia, Naná, já grávida de Gumercindo, promete a Maria do Socorro, em tom de provocação, enviar-lhe a criança caso nasça mesmo um menino. A cena é muito forte e Maria do Socorro revela, aí, a profundidade da ferida causada pela traição do marido que ela tanto ama.

Passam-se anos, mas Maria do Socorro não esquece a traição, fechando-se para o marido, apesar do seu amor. Gumercindo, por sua vez, torna-se cada vez mais frio com ela. Até que um dia tudo muda... Na festa de despedida dos italianos Leonora (Lu Grimaldi) e Bartolo (Antônio Calloni), na fazenda, Maria do Socorro e Gumercindo dançam a tarantella! O momento é mágico. Gumercindo volta a encantar-se por Maria do Socorro e, subitamente, o amor renasce, mais forte, pleno e belo do que nunca. O resultado é uma terceira gravidez de Maria do Socorro, que acaba por ter o "filho homem" tão desejado por Gumercindo.

Daí ao fim da trama, são muitas as cenas inesquecíveis e deliciosas desta dupla romântica, com Gumercindo expressando o seu amor e Maria do Socorro espantando-se com ele: quando ele a leva para morar em São Paulo, quando ele teme pela morte dela após o difícil parto (magnífica cena de Débora!), quando Naná reaparece nas suas vidas com o filho de Gumercindo...


A evolução da personagem Maria do Socorro ao longo da trama é absolutamente fascinante e muito influenciada, claro, pelo amor de Gumercindo: da mulher amargurada e mesmo submissa do início da novela até à mulher forte, bela, segura, companheira e conselheira do final, na grandiosa interpretação de Débora!




Duas histórias de amor belíssimas, dois tremendos atores, em duas grandes novelas.
Uma parceria maravilhosa que seria bom voltar a ver na telinha!

Débora viveu, nestes dois trabalhos, duas personagens verdadeiramente marcantes na sua carreira, que lhe valeram, aliás, os Troféus da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) para Melhor Atriz nos anos de 1985 (com Eloá) e 2000 (com Maria do Socorro).




Débora na gala da entrega
do Troféu de Melhor Atriz
da APCA, em 2000.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Viajando no Tempo... de 2008 a 1973!

Florinda e Waldete, em "Três Irmãs", começaram no confronto e agora, resolvido o triângulo amoroso com Pacífico (Roberto Bonfim), estão a tornar-se amigas...


Mas não é a primeira vez que as Duarte contracenam na telinha!

Viajamos no tempo e encontramos as duas estrelas, há trinta e cinco anos atrás, como Marisa (Débora) e Cecília (Regina), as rivais de "Carinhoso", novela de Lauro César Muniz, com direção de Walter Campos, transmitida pela Rede Globo entre 4 de Julho de 1973 e 22 de Janeiro de 1974.

Eis uma capa da época: "Regina e Débora: carinhosamente inimigas"



Mais uma fotografia da época:



Marisa e Cecília lutavam, então, pelo mesmo homem, Eduardo (Marcos Paulo).
Débora fez um tremendo sucesso com a sua Marisa, que era uma personagem forte, antagonista da "mocinha" de Regina.

Eis um momento de uma cena entre Eduardo (Marcos Paulo) e Marisa (Débora):


sábado, 8 de novembro de 2008

Florinda!

Florinda, a nova personagem de Débora na novela "Três Irmãs", da Globo, ilumina a telinha de cada vez que aparece!

Seja nos confrontos deliciosos com Waldete (Regina Duarte), seja no seu desespero com o assédio de Chuchu (Otávio Augusto), seja nos momentos em que revela a sua paixão por Pacífico (Roberto Bonfim), seja quando desabafa com sua filha Liginha (Malu Galli)... em todas as cenas, podemos sentir a graça e a fibra de Florinda, mas também a sua emoção, a sua profundidade...





Débora encantando, uma vez mais, com o seu gênio, a sua versatilidade, a sua inteligência artística, a sua Arte!

Florinda é absolutamente adorável.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

No Túnel do Tempo... 1994!

Débora na vinheta de fim de ano da Rede Globo, de 1994/1995, no meio do seu pai, Lima Duarte, e da sua filha mais nova, Paloma: que delícia!

Aos 23 segundos:


VER AQUI